Ed. 13 | 2021

Comitê de Integração da
Bacia Hidrográfica do
Rio Paraíba do Sul - CEIVAP

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Livro “Mulheres pela Água” reúne grandes nomes da gestão hídrica

Publicação é composta por experiências de 50 mulheres na gestão de recursos hídricos no Brasil


Escrito por 50 mulheres que atuam na área de recursos hídricos no Brasil, o livro “Mulheres pela Água” foi lançado para evidenciar ainda mais a participação feminina nos processos que envolvem a gestão da água no país. Um dos principais intuitos da publicação é relatar, através de artigos e depoimentos, a inserção estratégica e propositiva das mulheres no sistema.

O livro é uma realização da Rede Brasil de Organismos de Bacias Hidrográficas (REBOB), com o apoio do Comitê de Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (CEIVAP), da Associação Pró-Gestão das Águas do Rio Paraíba do Sul (AGEVAP), da Fundação Agência das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiai (Agência PCJ), Comitês PCJ, Fundação Agência da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê (FABHAT) e Comitê Alto Tietê. A ideia de organizar a publicação surgiu no contexto do 8º Fórum Mundial da Água, realizado em março de 2018, em Brasília. Na ocasião, foi apontado o desafio de ampliar a comunicação no âmbito da gestão hídrica, por meio dos mais variados segmentos da sociedade atuantes na gestão participativa e compartilhada, com destaque para a inserção da mulher nesse processo.

O prefácio do livro foi escrito pela representante da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e atual presidente do CEIVAP, Marília Melo. Na abertura da publicação, ela afirma que o encontro “água e mulher” traduz uma sociedade com menos desigualdades e mais inclusiva.


Mulheres que fazem parte da história do CEIVAP

Fátima Casarin
Pedagoga, M.a em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos, ProfÁgua, UERJ. Integra o Comitê Gestor do OGA Brasil. Ex-Gerente de Apoio a Gestão das Águas e Coordenadora de Projetos INEA/SEAS.

“Escrever esse texto sobre a participação da mulher nos processos de gestão da água em nosso país obrigou-me a ’viajar na minha própria terra‘, na memória do primórdio da instalação do Comitê da Bacia do Rio Paraíba do Sul, em 1997. Foi lá que tudo começou, creio que para muitas mulheres que, como eu, sequer imaginavam onde as águas do Paraíba levariam a nossa carreira profissional.” (Pág 44)

Monica Porto
Diretora de Sistemas Regionais na Sabesp, Professora da Escola Politécnica da USP. Foi Presidente do CEIVAP; da Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica; da ABRH e Secretária Adjunta de Saneamento e R.H do Estado de São Paulo.

“À água, dediquei minha carreira profissional e acadêmica. Imagino que esse fascínio vem da oportunidade de trazer um recurso natural estratégico para usufruto da sociedade, tanto no que se refere à qualidade de vida das populações, como ao desenvolvimento econômico das regiões” (Pág 72)

Rosa Formiga
Professora e pesquisadora da UERJ, Departamento de Engenharia Sanitária e do Meio Ambiente, desde 2006. Foi Diretora de Gestão das Águas e do Território do INEA-RJ, entre 2009 e 2015.

“Vivenciei as crises hídricas de 2014-2015 na Bacia do rio Paraíba do Sul e o seu enfrentamento, tanto relacionadas à seca quanto ao conflito entre os Estados fluminense e paulista em torno da nova transposição das águas dessa bacia para as metrópoles de São Paulo e Campinas. Retrospectivamente, considero a gestão da escassez hídrica uma experiência bem-sucedida, por ter sido feita em ambiente totalmente participativo do Comitê de Integração da Bacia do rio Paraíba do Sul (CEIVAP) e por ter conseguido evitar impactos significativos no abastecimento, inclusive da metrópole do Rio de Janeiro” (Pág 86)

Vera Lúcia Teixeira
Bióloga Sanitarista, Mestre do Curso de Gestão e Regulação de Recursos Hídricos (PPG-GRRH) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (ProfÁgua/UERJ)

“Em uma avaliação rápida desses 25 anos envolvida na gestão de recursos hídricos no Brasil, chego à conclusão de que precisamos avançar em muitas coisas. Como aprendizado pessoal, posso dizer que valeu a pena, pude conhecer a gestão nos diferentes estados da federação e as pessoas envolvidas nesse processo. E perceber que esse sistema está atuante pelo envolvimento dos atores no processo revela o nosso amor pelas nossas águas e a credibilidade da Lei 9433, que o mantém vivo” (Pág 106)



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