Ed. 113 | 1 de junho de 2020

Monitoramento COVID Esgotos: atualização do projeto

O projeto-piloto Monitoramento COVID Esgotos indicou um aumento na presença do novo coronavírus nas amostras coletadas no sistema de esgotamento sanitário de Belo Horizonte e Contagem (MG), na segunda quinzena de coleta de dados (de 27 de abril a 8 de maio), em comparação ao período anterior (de 13 a 24 de abril).

Na bacia do ribeirão Arrudas, 50% das amostras continham o coronavírus (ante 29% na quinzena anterior). Já na bacia do ribeirão do Onça, o percentual de amostras positivas passou de 64% para 69% no Boletim de Acompanhamento nº 02/2020, disponível na seção Itens relacionados. 

Este é o segundo boletim de acompanhamento do projeto, que apresenta resultados das amostras de esgoto coletadas no período de 13 de abril a 8 de maio de 2020. Na segunda quinzena, foi expandido de 16 para 20 o número de pontos de coleta de amostras. O projeto prevê que serão examinados 24 pontos de coleta, em seus próximos passos.

Os responsáveis pelo estudo informam no Boletim nº 02/2020 que os resultados são preliminares, pois não incluem todos os pontos de amostragem contemplados no projeto e ainda estão sendo feitas as validações dos métodos de amostragem e de quantificação viral. Nas próximas edições deverá ser incluída a comparação entre a incidência do vírus nos esgotos e os casos da infecção pelo novo coronavírus nas regiões analisadas.

Sobre o projeto
O projeto-piloto Monitoramento COVID Esgotos nasceu da assinatura de um Termo de Execução Descentralizada (TED) firmado entre a ANA e a UFMG para mapeamento da ocorrência do novo coronavírus em diferentes pontos das sub-bacias sanitárias de Belo Horizonte e Contagem (MG) e tem como objetivo chegar a um mapa epidemiológico por meio da via hídrica, para, assim, apoiar uma ação de saúde pública mais efetiva nas regiões analisadas.

A parceria também possibilitará a criação de um sistema de avisos, que poderá antecipar medidas sanitárias e auxiliar no diagnóstico regionalizado em populações ainda sem sintomas manifestos da infecção, já que há indícios de que as pessoas excretam o vírus antes mesmo de apresentarem sintomas.

Futuramente, os resultados preliminares da pesquisa serão divulgados na forma de mapas dinâmicos, que possibilitarão acompanhar a evolução espacial e temporal da ocorrência do vírus.

Com informações da Agência Nacional de Águas

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