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Com o mundo parado, mais de 2 milhões de infectados e mais de 130 mil mortos pela COVID-19, falar em obras de ampliação do saneamento básico pode parecer inoportuno, especialmente diante da recessão econômica que se avizinha. Mas uma cartilha recém-publicada pela Sala Técnica de Saneamento mostra exatamente o contrário.
Segundo o documento, produzido por mais de 250 profissionais da área, a água e o esgoto não tratados têm papel fundamental na proliferação da doença.
Como a estrutura do vírus que transmite a COVID-19 assemelha-se a de outros da mesma família, o documento utilizou pesquisas feitas anteriormente e identificou que vírus semelhantes ao SARS CoV-2 permanecem em águas naturais e no esgoto por mais de 10 dias.
Durante a pandemia, uma enorme carga viral é despejada nos rios e isso está diretamente relacionado à situação sanitária do Brasil. De acordo com o Instituto Trata Brasil, em números, o país possui 100 milhões de pessoas sem acesso à coleta de esgoto e 35 milhões sem água potável. Os dados mostram a vulnerabilidade de grande parcela da população não somente em relação à COVID-19, mas a várias doenças como leptospirose, malária, dengue e esquistossomose, entre outras.
Além de servir de alerta para gestores públicos e autoridades de saúde, a pesquisa propôs algumas medidas de segurança que podem ser tomadas para evitar a disseminação do novo coronavírus por meio dos recursos hídricos. Como as águas do país, geralmente, são receptoras tanto de esgotos brutos quanto tratados, sem que a etapa de desinfecção seja cumprida, é recomendado o mapeamento e a sinalização dos locais impróprios, para evitar o contato primário.
Clique aqui e saiba mais sobre o estudo.
Com informações do Instituto Trata Brasil
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